PODCAST O encarceramento em massa no Brasil tem cor – com Juliana Borges
Pauta Pública recebe antropóloga que estuda como o sistema de justiça brasileiro reproduz o racismo histórico do país
O dia seguinte ao lançamento deste episódio, 13 de maio, marca o dia da Abolição da Escravatura. Para muitos pensadores do movimento negro, contudo, a data deve ser vista de maneira crítica, já que, ainda que tenha sido resultado da resistência e luta das pessoas escravizadas e de grupos abolicionistas ao longo de muitos anos, quando se concretizou essa abolição, da forma como foi feita, não garantiu a reparação das pessoas escravizadas e nem se preocupou em inserir pessoas negras de forma igualitária na sociedade. As consequências são sentidas até hoje: na desigualdade de salários e de representação em espaços de poder e nos índices de violência sofrida por pessoas pretas. O racismo, como coloca o professor e agora também ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, vai muito além das ofensas raciais, é algo que estrutura a própria sociedade brasileira, estando enraizado nas diversas camadas sociais e especialmente no sistema de justiça e nas prisões. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em junho de 2022, 820.689 pessoas estão inseridas no sistema carcerário brasileiro. Destas, 67,4% são negras. Como o sistema de justiça brasileiro e as prisões reproduzem o racismo histórico brasileiro? Quem aborda essa questão é a nossa convidada de hoje, a antropóloga e escritora Juliana Borges, autora de “Encarceramento em massa” e “Prisões: espelhos de nós” e também pesquisadora da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
Fonte:
Atlas da Violência 2025
Nesta seção é possível encontrar a série histórica de relatórios anuais do Atlas da Violência. Há também as edições dos relatórios completos sobre o Atlas da Violência no campo e o Atlas da Violência nos municípios. Para acessar, basta clicar na capa desejada (abaixo) e fazer o download em PDF.
Formação de policiais para o enfrentamento da violência de gênero
Desde 2015 o FBSP incluiu de forma permanente em sua agenda o tema do enfrentamento da violência contra mulheres e meninas. Além dos dados levantados pelo FBSP desde o primeiro Anuário Brasileiro de Segurança Pública referentes à violência contra as mulheres, realizamos em 2016 a pesquisa A polícia precisa falar sobre estupro, duas edições da pesquisa Visível e Invísel: a vitimização de mulheres no Brasil (2017 e 2019), e também desde 2016 são realizados oficinas sobre essa temática para profissionais de segurança pública de todo o Brasil coordenadas por Fiona Macaulay e Juliana Martins, autoras deste Manual.
Atlas da Violência 2020
Baixa aqui o Atlas da Violência 2020
Neste Atlas da Violência 2020, produzido pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), construímos e analisamos inúmeros indicadores para melhor compreender o processo de acentuada violência no país.
Os números de óbitos são contabilizados a partir da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) como eventos que envolvem agressões e óbitos provocados por intervenção legal (códigos X85-Y09 e Y35-Y36). A Classificação Internacional de Doenças é publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e padroniza a codificação de doenças e mortalidade por causas externas em todo o mundo desde 1893.
Os dados divulgados referem-se ao período de 2008 a 2018, considerando as informações mais recentes tabuladas pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e divulgadas no site do Departamento de Informática do SUS – DATASUS.
EQUIPE TÉCNICA
Daniel Cerqueira
Técnico de planejamento e pesquisa na Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest) do Ipea e diretor presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
Samira Bueno
Diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Paloma Palmieri Alves
Consultora da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).
Renato Sergio de Lima
Diretor presidente do FBSP e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Enid R. A. da Silva
Técnica de planejamento e pesquisa na Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc) do Ipea.
Helder Ferreira
Técnico de planejamento e pesquisa na Diest/Ipea.
Amanda Pimentel
Pesquisadora do FBSP.
Betina Barros
Pesquisadora do FBSP.
David Marques
Pesquisador do FBSP.
Dennis Pacheco
Pesquisador do FBSP.
Gabriel de Oliveira Accioly Lins
Pesquisador do Subprograma de Pesquisa para o Desenvolvimento Nacional (PNPD) na Diest/Ipea.
Igor dos Reis Lino
Pesquisador do PNPD na Diest/Ipea.
Isabela Sobral
Pesquisadora do FBSP.
Isabel Figueiredo
Pesquisadora do FBSP.
Juliana Martins
Pesquisadora do FBSP.
Karolina Chacon Armstrong
Estagiária na Diest/Ipea.
Taís da Silva Figueiredo
Estagiária na Diest/Ipea.
Tipo de publicação: Infográfico de divulgação, Relatório de pesquisa
Ano da publicação: 2020
Formato: PDF
ESCOLA X VIOLÊNCIA
Aula motivadora que favorece a reflexão e o aprendizado
Graduada em Pedagogia














